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Mostrando postagens de maio, 2009

Eu, espelho de mim

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Sou um homem provinciano! E sendo o que sou me encontro em um alguém que media a relação comigo mesmo. É furtivo acreditar nos entremeios da descoberta própria e individual, sou extremamente impaciente para ser urbano com todas os seus melindres, com todas as suas estratégias e acelerações diárias, planejamentos, ônibus, grandes ruas, grandes avenidas, grandes prédios e grandes idiotas para esquecer seus objetos importantes em casa, esquecer inclusive a sua casa como propriedade de lar. Por outro lado, não me reconheço como rural, não tenho a paciência do homem do campo, não sei esperar a época certa de plantar, o dia correto de regar e o minuto único de colher. Não vivo de estações, eu as crio. Pensando nesses opostos me defino como completo provinciano. Sou da província, sou das metrópoles que não migraram do interior, sou urbanisticamente rural, minha cidade é cheia de verde e de fotossínteses constantes, sejam para produzir mais oxigênio, sejam para inspirar a circulação de nov

Coração Leve os anos

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Leve as pessoas, leve  o mundo Leve o ser que fui.   Coração siga o rumo dos rios E faça jangada quando chegar ao mar.   Nunca cruze a saudade  que em sorrisos frios Te afasta de amar.   Lembre-se do porto passado Que em teu passar tristeza deixou   Não te esqueças do tornado Que deixastes em terra Que contigo não carregou   Ah coração leve os anos Pois a dor se endurece em meu peito Cada vez que revejo os nossos encantos Que fujo e me guardo em passados teus Em teu passado solidão levou E a flor que desabrochou Na teia do ano que passou   Engana-se coração Ao pensar que por tua partida Me entristeço, me desespero Ou não te esqueço   Pois o tempo, coração, segue! E segue a ti e ao vento e quanto mais longe tu fostes mais anos estarão entre nós menos esperança haverá e mais conforto nos acalmará   Depois da tormenta, coração Seremos separados, Sejamos constatados Como doentes por termos nos afastado. * Esse texto foi ba