Eu, espelho de mim

Sou um homem provinciano!

E sendo o que sou me encontro em um alguém que media a relação comigo mesmo. É furtivo acreditar nos entremeios da descoberta própria e individual, sou extremamente impaciente para ser urbano com todas os seus melindres, com todas as suas estratégias e acelerações diárias, planejamentos, ônibus, grandes ruas, grandes avenidas, grandes prédios e grandes idiotas para esquecer seus objetos importantes em casa, esquecer inclusive a sua casa como propriedade de lar.

Por outro lado, não me reconheço como rural, não tenho a paciência do homem do campo, não sei esperar a época certa de plantar, o dia correto de regar e o minuto único de colher. Não vivo de estações, eu as crio. Pensando nesses opostos me defino como completo provinciano. Sou da província, sou das metrópoles que não migraram do interior, sou urbanisticamente rural, minha cidade é cheia de verde e de fotossínteses constantes, sejam para produzir mais oxigênio, sejam para inspirar a circulação de novas idéias.

A capacidade de discernimento de um provinciano é inigualável, não há perigo, há a precaução, todos os atos bem medidos, bem calculados e bem vividos, sejam bons ou ruins, o importante é vive-los, vendo-os como últimos, como sublimes, como oportunidades. Sou provinciano! E como homem, induzido pela necessidade de auto-afirmação pude dizer que estou completo, pois sei de tudo que preciso saber, pois reconheço-me como ser errante e diminuto, mas que avancei perante aos demais por descobrir isso a tempo.

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