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Mostrando postagens de 2018

Como adoecemos e como nos curamos?

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Olá! Há muitos anos tenho olhado com atenção para a dinâmica do adoecimento humano, tanto as questões de base fisiológica quanto as patologias emocionais se apresentam com um alicerce em nossas emoções. Nossa mente inconsciente autoriza determinados funcionamentos que nos levam ao sofrimento. Olhar para essa dinâmica me fez refletir sobre o uso e o alcance da palavra cura! Não acredito em uma cura estática, ou naquela ideia que é só mitigar os sintomas que está tudo resolvido. Nesse sentido a cura se torna algo distante e desnecessário. Acredito sim em uma cura processual, em que vamos estabelecendo parâmetros conscientes e inconscientes e fortalecendo nossa estrutura psíquica com o propósito de ganhar saúde e qualidade de vida. Nesse sentido percebo que alguns movimentos facilitam o processo, tenho aplicado uma palestra vivencial que mostra essa dinâmica e busca aliviar alguns pontos mentais que geram tensão e produzem sintomas e doenças. No próximo dia 03 de Novembro estaremos

Convite para uma aula prática (e gratuita) sobre psicanálise!

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Vamos para uma aula prática de psicanálise? Você pode ir fisicamente ou somente imaginar que está chegando lá. É bem perto da sua casa. Saia às ruas, vista uma roupa qualquer, se for de dia use óculos escuro ou até mesmo filtro solar, se for a noite aproveite a brisa suave e a luz da lua. Chegando lá perceba o que acontece quando se reprime uma energia instintiva. É bem simples na verdade, vamos fazer um comparativo. Antes a sociedade via com bons olhos os homens que tinham várias mulheres, suas esposas passavam suas roupas para que eles saíssem com suas amantes, alguns até mantinham várias famílias. Isso era comum (pra não dizer que ainda é, em algumas regiões). Em alguns países, como no Brasil é o princípio da monogamia que está instituído legalmente através do direito da família. Impedindo que um ser humano case duas vezes legalmente sem antes ter desfeito o primeiro laço. Nesse caso não houve tanta repressão das famílias que viviam nessa sit

Tenho um filho e isso me preocupa excessivamente...

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Estou vendo Black Mirror, para quem não conhece é uma séria britânica que apresenta questões da sociedade contemporânea através de ficção científica. Fiquei particularmente interessado no segundo episódio da quarta temporada. Os episódios são isolados, então você pode ver só esse conseguindo entender o roteiro. Os personagens mudam a cada novo episódio e apresentam também novos diretores. Arkangel é o nome deste episódio que estou sugerindo, principalmente para os pais super protetores e/ou os filhos que passaram por super proteção. Dirigido por ninguém menos que Judie Foster , o primeiro dirigido por uma mulher e com foco na temática: Família. Arkangel é uma tecnologia de implante neurológico que permite que os pais acessem a localização do seus filhos, seus sinais vitais e até mesmo ver o mundo através dos seus olhos. Problemas são fortemente discutidos, como: Qual o limite da interferência dos nossos cuidados na personalidade dos nossos filhos? Os pais super preocupados

Um desabafo sobre o trabalho

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Eu invisto diversas horas da minha semana para o consultório e o contato constante com as emoções de outras pessoas. A relação da mente inconsciente com a elaboração racional e consciente são coisas que me encantam e que fazem parte do meu dia a dia. Também invisto uma quantidade de horas semelhantes para analisar os materiais dos pacientes, encontrar conexões e intervenções possíveis. Um tópico me chama bastante atenção: O Trabalho ! De maneira geral o ser humano compreende o trabalho como uma oportunidade de desenvolver-se profissionalmente e/ou de promover seu próprio sustento . Na fala de algumas pessoas o trabalho tem um peso , carrega-se como um fardo . Em nossa sociedade contemporânea incentiva-se as pessoas a trabalharem a semana para chegar o sábado , os meses para chegar as férias e os anos para se chegar a aposentadoria . De longe estou sugerindo que o trabalho deve ser apenas aquele que nos anima, que nos motiva. Isso seria romantizar as abordagens qu

Trabalho, labor ou emprego? Por Allan X. Brito

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A palavra trabalho é supostamente oriunda do vocábulo latino "tripalium", que era uma forma de tortura romana. A terminologia labor, do latim "labore" tambem possui uma conotação de esforço árduo e prolongado, daí o termo "laborioso", trabalhoso, complicado. Já a palavra emprego pode significar tanto a aplicação de esforço - o mesmo esforço referido acima - no desempenho de atividades que geram riquezas quanto ocupação em serviço público ou privado; cargo, função, colocação. Profissão é o que você faz para viver. Vocação é aquilo que te chama. M issão é seu objetivo primordial. Mil anos depois do ápice do Império Romano, na constituição de nossa sociedade brasileira - do branco português que desejava enriquecer, e rápido, para voltar a seu país e se "amostrar"; o negro africano trazido à força sob o jugo da escravidão e o índio que foi sugado para esse convívio com o qual ele não  tinha nada a ver e que simplesmente não compreendia -

O Que é Sucesso

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O QUE É SUCESSO? Se buscarmos em um dicionário a definição da palavra, vamos encontrar coisas como: ter êxito em algo, bom resultado, triunfo..., mas será que é possível darmos apenas uma única definição? E se nos espelharmos em pessoas que são consideradas “de sucesso” atingiremos também os mesmos resultados? E quando saberemos que atingimos o tão sonhado sucesso? E em que aspectos de nossa vida podemos de fato ser bem-sucedidos? Em uma de suas citações o médico e filósofo alemão do século XVIII Albert Schweitzer diz: “O sucesso não é a chave para a felicidade, mas sim a felicidade que é a chave para o sucesso. Se você ama o que faz, você será bem-sucedido”. Algumas pessoas acreditam que o sucesso na verdade é uma posição, um lugar ou até mesmo um pódio, como os que costumamos ver em premiações esportivas, mas na verdade ele trata-se de um estado de percepção, de como você enxerga determinados momentos de sua vida. Todos nós temos modelos e mapas diferentes do que

A chave para o Sucesso...

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A chave para o Sucesso...        Você sabe qual é a verdadeira chave para o sucesso? Talvez uma curiosidade imensa tenha tomado conta de você para vir aqui ler esse texto e finalmente descobrir, qual a chave para o sucesso, essa chave que é tão falada por tantas pessoas, pessoas essas que muitas vezes nem são tão bem-sucedidas assim. Mas, afinal, o que é sucesso? Primeiramente precisamos saber o que essa palavra significa e só então procurarmos onde ela está “escondida”, já que se fala tanto que é necessária uma chave para acessá-la. Segundo o dicionário, sucesso significa: Êxito; consequência positiva; acontecimento favorável; resultado feliz. No entanto, se analisarmos bem esse significado, nos deparamos com algo um pouco vago, quando tomamos como exemplo um dos seus significados que é resultado feliz, mas em quê?   Ou ainda quando temos como sinônimo de sucesso, êxito ou consequência positiva, porém, estamos falando em que área da vida?             Por esse motivo, na

E aí, você é uma pessoa de sucesso? Por Allan X. Brito

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E aí, você é uma pessoa de sucesso?   Pense bem e segure aí sua resposta. Eu confesso que sempre quis ter sucesso na vida. Eu me perguntava: "O que preciso fazer para ter sucesso?" Não sabia como, nem a quem perguntar. É que eu ainda não conhecia meu primo Adamo Brasil . Inclusive recomendo seu excelente texto, disponível aqui no blog, sobre o que significa ter sucesso. Alguns exemplos de pessoas próximas me pareciam o inverso do que eu ansiava. Então eu fui pesquisar a vida daquelas pessoas que, em minha humilíssima e mui singela opinião, tiveram sucesso em suas existências. A JORNADA Caí em campo para ler as biografias dos grandes homens de todos os tempos, aquelas coleções de brochuras encapadas com couro marrom, uns trambolhões de enormes, incômodas que só carteira reta de madeira, mas com aquele aroma, um dos meus prediletos, de pó das eras. Nunca consegui traçar um paralelo entre De Gaulle, Martin Luther King, Schoppenhauer e Beethoven. Entã

O destino de uma nação

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Acabo de assistir à O destino de uma nação . Filme indicado ao Oscar de 2018 e que traz no seu papel principal Gary Oldman que levou a estatueta como melhor ator. Existem incontáveis filmes que tratam sobre as guerras mundiais , especialmente a segunda guerra e o espírito ariano comandado por Hitler . Ou essas obras falam diretamente da guerra, ou trazem de pano de fundo esse cenário para desenhar romances ou relatos reais de uma maneira cinematográfica. Mas isso não é exatamente o que ocorre aqui , nestas quase duas horas de exibição sobre a vida de um dos homens mais fundamentais para a Inglaterra daquele período. Gary Oldman dá vida a Winston Churchill , polêmico primeiro ministro britânico, com pouco tato e com ideias que iriam além do seu tempo. Sua visão estava sempre no futuro . Que o Oldman é competente eu já sabia, acho fantástico como ele absorve o imaginário dos personagens e nos conta (mesmo que em rápidas cenas) o que acontece em uma vida inteira, po

Sucesso! Por Adamo Brasil

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É bem sucedido o milionário que investiu seu tempo e seus recursos para chegar a esse ponto. São bem sucedidos os pais que sonharam com o filho que nasceu após alguns meses. O sucesso também chega àqueles que não atingiram seus objetivos, mas deram um novo significado para aquele ponto e seguiram a vida. Uma das coisas que mais me deixa reflexivo em tempos atuais é como as pessoas querem fatiar suas vidas em metas e objetivos. A essência de viver foi reduzida a um prazo, uma descrição bem feita dos seus sonhos e um plano para chegar lá. Eu mesmo ensino condições de boa formulação de objetivos em algumas aulas, só não recomendo que as pessoas transformem suas vidas nesse processo. Sempre quando emprestamos um comportamento à nossa identidade, e essas atitudes se confundem com quem somos, caímos em um pântano arriscado que nos amarra por anos seguidos. Existem dias que me sinto extremamente bem sucedido, outros percebo o quanto estive longe desta palavra e desta sen

O desafio do relacionamento interpessoal é a superação de si mesmo

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Eu tenho ouvido muita coisa interessante em minha vida: "Meus pais não me entendem". "Aquele meu ex é um idiota". "Não suporto aquele colega metido". "Ai, minha chefe é uma besta". "Aquela moça só faz besteira". "Não tenho paciência com esse menino, meu Deus!". São questões recorrentes dos relacionamentos humanos, situações de incômodo, desentendimento ou confronto que permanecem anos a fio até que chegam a um ponto de ruptura. Crises familiares, desentendimentos entre vizinhos, brigas de colegas, conflitos entre corporações ou torcidas organizadas e guerras. "Gente é bicho difícil", eu digo, contemporizador, mesmo sabendo que, na verdade, não é. Eu mesmo nem gosto de usar a palavra "difícil". Já dizia meu amigo Thiago Costa, "Quando alguém me pergunta "É difícil?", eu respondo: 'é difícil' é um prédio alto".  Traduzindo do Penelês (linguagem nativa dos estudioso

Desafios dos Relacionamentos Interpessoais - Por Ícaro

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Relacionamento é o ato de adquirir e manter relações . Penso que um dos primeiros desafios que encontramos em nossos relacionamentos é acreditar que existem relacionamentos sem desafios. A ideia de que existem relacionamentos perfeitos, sem conflitos, em total equilíbrio pode ser bem frustrante, pois a relação interpessoal envolve no mínimo duas pessoas, ou seja, dois universos diferentes, duas maneiras únicas de pensar, agir, interpretar a vida. E quando o indivíduo percebe a imperfeição do relacionamento, tende a culpar o outro. É como se eu culpasse o outro por ele não ser o que eu quero que ele seja. Eu o culpo por ele não corresponder as minhas expectativas. É bem absurdo, na minha opinião. Mas mesmo achando absurdo, às vezes me percebo pensado e agindo assim. Talvez você também. Mas, se me percebo pensado assim, cobrando do outro mais do que ele pode me dar, posso procurar desenvolver consciência para compreender a situação de uma maneira diferente, com mais recur

Desafios dos relacionamentos interpessoais - Por Adriana Tavares

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Ao me deparar com o tema proposto para o texto, fiquei em dúvidas se eu realmente saberia do que se trata, porque falar daquilo que conheço minimamente tem sido por si só um desafio, mas discursar sobre algo que desconheço é ainda mais complexo e ao meu ponto de vista uma tarefa inútil. Busquei referências para adentrar no mundo esmiuçado das relações interpessoais, e os conceitos esbarram exatamente no que as palavras remetem: relações entre pessoas. Até aí ok, pensei, sou uma pessoa e me relaciono minimamente bem com outras pessoas; e porventura quando me percebo enjaulada em divergências, diferenças, conflitos, preconceitos (sim também os possuo), e todas as narrativas de caráter negativo nessas relações, crio o conceito de desafios. Porém como seres egoístas que somos sempre atribuímos esses desafios aos outros, visto nossa triste incapacidade de assumir as faltas e falhas. E esse déficit de habilidade em carregar o que é nosso; seja bom ou ruim, chamamos de desafios da relação i

O inconsciente em nossas relações, por Adamo Brasil

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Desde os primeiros dias de nascido aprendemos a interagir com as pessoas e com o meio. Choramos para nos comunicar, abrimos os olhos e recebemos rajadas agressivas de luz, sendo necessário se habituar, se acostumar com a nossa visão. Nossos pulmões se abrem involuntariamente, absorvemos o ar ao nosso redor e expelimos substâncias de volta ao meio. Assim vamos aprendendo a deixar nossa fase egóica e entender que há um mundo ao nosso redor, vamos nos deparando com o princípio da realidade, e isso nos frustra, como nos conta muito bem o Dr. Donald Winnicott. No decorrer da vida vamos criando padrões e estabelecendo parâmetros que serão repetidos involuntariamente por nossa mente, vamos filtrando o mundo de acordo com aquilo que elegemos (conscientemente ou não) como significativo. Olhamos para um colega de trabalho e o enxergamos nosso filho, olhamos para nosso filho e projetamos nossos cônjuges, esses por sua vez representam nossos pais e assim sucessivamente. Confundimos em div

Medo como Água, por Uiara Francelino

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Segundo a Medicina Tradicional Chinesa reside em nós a manifestações dos 5 Elementos ou Movimentos da natureza. Eles são Água, Fogo, Terra, Metal e Madeira, tendo cada um destes elementos relação com órgãos, vísceras e tecidos do nosso corpo. Além da manifestação da energia deles no corpo físico, existe a relação com nossas Emoções, onde cada elemento tem uma Emoção relacionada. Agora quero contar um pouco para vocês sobre o elemento Água e a sua estreita relação com uma emoção muito presente em nossas vidas... o Medo. O elemento Água nos proporciona fluidez, flexibilidade e é responsável por estocar toda a nossa Essência, energia responsável por muitas coisas no nosso organismo, incluindo a Força da Vida, nossa força de vontade que nos impulsiona a viver. O Medo é a emoção oposta a essa força que existe para nos manter em equilíbrio. Quem nunca sentiu Medo? Ter determinadas emoções é uma reação normal... o problema existe quando elas são demasiadas. E uma coisa é bem interessan

Medos, por Dennyson Teles.

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Imagine um guerreiro destemido, que enfrenta muitas guerras e batalhas sem nunca hesitar. A chance que esse guerreiro venha a perecer precocemente é maior do que a de outro mais comedido, que por vezes teme e recua diante de um adversário. O medo protege e preserva as espécies animais. Se um coelho visualiza uma raposa feroz, imediatamente parte em fuga. Essa cascata química desagradável, gerada pelo medo, faz com que o nosso corpo se prepare para situações de risco à vida, que requeiram raciocínio rápido, embate físico ou fuga.  O medo é uma sensação desagradável proveniente da liberação de substâncias químicas pelo hipotálamo e amígdala cerebral na corrente sanguínea. Para alguns autores o medo carece de um objeto real (ex: medo de uma cobra, medo ao presenciar um assalto). De forma contrária, na ansiedade, esse objeto pode não ser real e essa sensação desconfortável ser fruto apenas de uma apreensão quanto ao futuro (ex: receio de ser assaltado, receio de passar mal e v

Medo: Amigo ou Inimigo?

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Medo: Amigo ou Inimigo? Medo do desconhecido, medo de falar, medo de contrariar, medo de calar, medo de amar, medo de olhar, medo de magoar, medo de experimentar, medo do velho, medo do novo...quando falamos em medo, cada pessoa pensa logo em qual ou quais são os seus. Há quem diga que não tem medo de nada, mas talvez no fundo seu maior medo seja de si mesmo. Se pararmos para refletir um pouco, por incrível que pareça, o medo tanto pode ser amigo quanto inimigo do homem. Será mesmo que sentir medo é tão ruim assim? Por um lado, ele acaba sendo nosso amigo quando, por exemplo, diante dos perigos reais da existência, a primeira reação seja senti-lo, pois em seu aspecto normal, saudável, ele nos preserva dos perigos, nos alerta para as ameaças e, diante deste sentimento, pode-se agir ou fugir. Dependendo do contexto, tanto um quanto o outro pode ser positivo, tudo depende dos limites de cada ser. Na minha opinião, sentir medo pode ser bom, pois se o homem não tivess

A forma da água

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Esqueci de contar aqui que assisti ao filme vencedor do Oscar 2018 - A forma da água. O filme tem um ritmo lento na maior parte do tempo e próximo ao fim há aquela injeção de adrenalina onde você meio que já sabe o final, pelo menos essa foi a experiência que o roteiro me proporcionou. Elisa Esposito é muda e apesar de sugerir ter se tornado muda por um processo de abuso isso não é explicitamente discutido no filme, o que, mais uma vez, me pareceu meio um caminho óbvio de mais. Mas estamos falando de um filme dirigido por Guilhermo del Toro, então essas pontas soltas são facilmente esquecidas quando nos prendemos à forma que o filme desenvolvido. A atriz é boa? É razoável, atende a expectativa de um personagem tão complexo, mas acho que merecia um pouco mais... Com uma fotografia inimaginável e cores que há muito tempo não víamos, Guilhermo tornou seu filme clássico e contemporâneo ao mesmo tempo - se é que isso é possível, discutiu o papel da mulher na sociedade da década de

Medo - Por Adriana Tavares

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Era medo quando olhei pra trás, e era medo também quando me defrontei com o que havia pela frente. Havia medo em deixar partir e em buscar algo novo. Porque fui moldada nas bases mais profundas de resistir ao desconhecido e de abandonar o que me pertence em conhecimento, como uma ligação extracorpórea que tenho às sombras da caverna, e nem ouso olhar com todos os sentidos, por medo de permanecer imóvel no tempo. Ainda me estremeço e ruborizo com o futuro, ainda me debruço em devaneios ao passado e sem ter aonde ir me afundo na ansiedade pulsante do pavor. Coração latejante e quase enérgico me causa desconforto, como se fosse desidratar de tanto que minha pele chora em agonia. Não sabendo explicar porque sinto isso apenas sinto, o medo; aquele medo que vi anteriormente na infância das impressões recém experimentadas. E dessas experiências aprendi a temer, a não querer, a desconfiar, a resistir, e também a não aprender outras coisas, apenas esconder de mim mesma a vivência de outras