Como nos sentimos?

Nossas emoções podem ser reguladas e organizadas ou descompassadas e completamente jogadas ao vento

Monet
Geralmente no primeiro cenário temos uma vida bem planejada e executada com muita destreza, são seres humanos que possuem tudo para serem felizes, tudo, absolutamente tudo que está fora desses indivíduos está no seu devido lugar; galgaram degraus, se esforçaram muito e colhem agora todos os frutos que plantaram, só que isso tem um preço. Pressionar a mente e seus sentimentos transforma o ser em uma bolha de profunda angústia, cheia de desespero, ansiedade e compulsões.


No segundo cenário a vida que se vive é tão intensa quanto o que se sente, as coisas ficam desorganizadas fora de si para que o sujeito lembre-se o quão tudo está fora do seu lugar dentro de si, e isso é libertador, as emoções brotam, mesmo aquelas desconfortáveis, mas com a mesma força que surgem, se esvaem. Pessoas que vivem assim deixam a pia cheia de louça por semanas, deixam o chão sujo por um longo período e providenciam as roupas limpas a medida que necessitam, porém da mesma forma degustam de todas as suas sensações; as alegrias são sempre mais coloridas, as tristezas sempre carregam um forte ensinamento. O lembrete da desorganização externa é a luz neon que pisca: você está vivo.

Óbvio que é saudável limpar o ambiente em que se vive, desde que este fato não seja apenas uma estratégia para pressionar mais ainda nossas emoções, evitá-las, fingir que elas não existem. Isso é um dos maiores erros que cometemos na nossa vida, inevitavelmente elas surgirão, em um processo depressivo, em uma síndrome, em um transtorno ou em um tumor.

Aprenda a dar vazão a suas emoções, trabalhe sua mente para os tempos sombrios, aproveite o verão para lembrar que em breve o inverno chegará, e siga sua existência, se deliciando a cada segundo, gostando das coisas que saboreia, mesmo que por vezes algo seja amargo.

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