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Metáforas - A culpa é das estrelas [O FILME]

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Depois de um dia falando sobre as metáforas ericksonianas nada mais justo do que ir a noite ver o filme A Culpa é das Estrelas. Atendendo o pedido da minha esposa, já que não havia lido o livro como ela solicitara anteriormente, fomos ver uma história triste que eu já sabia o final. De maneira surpreendente o diretor de arte e de fotografia conseguiram prender minha atenção, e o mais belo e brilhante é quantidade de elementos metafóricos que existem nas relações e sistemas que se misturam naquela tela. Emoções humanas colocadas em uma vitrine onde o que importa é sua vida depois do diagnóstico, conflitos, rejeições, aceitações, sensação de alerta vermelho, como se a morte estivesse sempre por perto. E continuo repetindo: Quem sabe se todos nós, saudáveis, doentes ou em fase terminal, soubéssemos que podemos morrer a qualquer hora. O que faríamos da nossa vida? Quem gostaríamos que fosse em nosso funeral? Qual o legado que deixamos? Como foi nossa última despedida das pessoas qu...

2/52 - Segunda Semana, Segundo Filme (resenha atrasadíssima)

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Sinopse e detalhes Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa. Além dos maus tratos em casa, Carrie também sofria com o abuso dos colegas de escola, que nunca compreenderam sua aparência, nem seu comportamento. Um dia, quando a jovem menstrua pela primeira vez, ela se desespera e acredita esta morrendo, por nunca ter conversado sobre o tema em casa. Mais uma vez, ela é ridicularizada pelas garotas do colégio. Aos poucos, ela descobre que possui estranhos poderes telecinéticos, que se manifestam durante sua festa de formatura, quando os jovens mais populares da escola humilham Carrie diante de todos. Minhas percepções: Acho que o filme por ser regravado deixou um pouco esse sabor que deveríamos ter visto as versões anteriores. Será que a Kimberly Peirce achava que TODOS já tinham visto es...

1/52 - Primeira Semana, Primeiro Filme

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Sinopse e detalhes Nenhuma família é verdadeiramente normal, mas a família Hoover extrapola. O pai desenvolveu um método de auto-ajuda que é um fracasso, o filho mais velho fez voto de silêncio, o cunhado é um professor suicida e o avô foi expulso de uma casa de repouso por usar heroína. Nada funciona para o clã, até que a filha caçula, a desajeitada Olive (Abigail Breslin), é convidada para participar de um concurso de beleza para meninas pré-adolescentes. Durante três dias eles deixam todas as suas diferenças de lado e se unem para atravessar o país numa kombi amarela enferrujada. Retirado de:  http://www.adorocinema.com/filmes/filme-109815/ Minhas percepções: Preciso começar falando que a pequena Abigail Breslin (Olive) realmente mereceu ser indicada ao Oscar, não sei se era somente sua atuação, mas principalmente o papel que dedicaram a ela fez toda a diferença no filme, e talvez em sua carreira. Menina doce, ingênua, aberta, direta e que convivia muito ...

E lá vamos nós...

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Estou a quilômetros de distância da minha casa, me preparando para apresentar um trabalho de conclusão de curso quando de repente recebo um convite especial da minha esposa: Escrever sobre Cinema... óbvio que abandonei tudo e corri para me inscrever no grupo: Projeto Mais Filmes em 2014 no Facebook. A ideia veio de uma garota chamada Thaís Cavalcante, formada em Literatura. Olhem blog dela, é bem legal: Pronome Interrogativo . Então a ideia é ver um filme por semana e postar opinião... Claro que vamos ver aqui uma visão psicanalítica! Vamos embarcar nessa? Em breve divulgo minha lista. Obs.: O melhor é que vamos assistir em dobro, pois Adriana (minha esposa) também vai participar. Vejam o seu blog Volto Pra Curtir . Abraços,

O Fardo da Profissão

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Ser analista é um ser muito profundo. É uma decisão recheada de sabores e isolamentos, de tristezas, lágrimas, compreensão da dor do outro, e de pouquíssimo reconhecimento e gratidão. Não podemos através dela sublimar qualquer desejo de sermos melhores do que ninguém, não são os nossos conceitos que devem ser respeitados no setting , quem deve brilhar e se erguer sob os holofotes da vida é o paciente. Somos como Diógenes, o Cínico, carregamos uma lanterna sob a forte luz do dia, moramos em um barril escuro e estamos constantemente a procurar um homem honesto, não um homem apenas, mas o homem honesto que mora dentro de cada um de nós, precisamos encará-lo para saber da sua omissão ou do seu exacerbado controle. Olhamos para o sofrimento psíquico do outro com olhos mais profundos, e não há como desligar esse olhar. Ele foca e desconcerta, as pessoas vão se desmontando em nossa frente e cada vez mais se tornam menos enigmáticas, não conseguem perceber a quantidade de ações que realiza...

As energias psíquicas e seus simbolismos em nossas crenças

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Questionado recentemente sobre a mediunidade me interveio um elemento que não havia despertado ainda em meus pensamentos íntimos e contínuos sobre a densa ligação entre ciência e religião. Sem me atrever a esclarecer a verdade plena e absoluta me apropriei de uma explicação no mínimo conveniente para minha mente inquieta com a questão. A interpelação veio de uma maneira bem simples: Como dar-se o grau de mediunidade nos seres humanos? Por que algumas pessoas apresentam essa faculdade mais definida enquanto outros sequer rudimentos demonstram? São seres escolhidos, dadivosos ou devem sofrer com essa capacidade que lhe adverte, e pressupõe, uma dedicação, não apenas de estudo, mas sobretudo de vivência? Alguns religiosos responderiam que esses elementos encontram-se marcados em um corpo espiritual que eclodem nesta vida para promover diversas possibilidades de aprendizagem para o indivíduo, como minha percepção para esse texto extravasa os limites religiosos e se fixa nos proces...

Sonoridade psicanalítica

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Revelação (Fagner) Um dia vestido De saudade viva Faz ressuscitar Casas mal vividas Camas repartidas Faz se revelar Quando a gente tenta De toda maneira Dele se guardar Sentimento ilhado Morto, amordaçado Volta a incomodar      Assim são os nossos sintomas neuróticos, vez ou outra somos revisitados por aquilo que não fomos (que gostaríamos de ter sido), os fatos que poderiam ser diferentes em nossa branda visão de nossa própria história.      Incomodados vamos tentando nos defender da tristeza, da rejeição e do desprazer, mas sempre volta a incomodar! Aquele sentimento que julgamos que estivesse morto, separado de nós, sequestrado em nossas entranhas, amordaçado para não nos falar aquilo que nos faz sofrer. Mas ele sempre volta, se revela e nos revela bastante aos nossos olhos e aos alheios. Le bateau-atelier O Estúdio de Barco* “Tudo o que nos irrita nos outros  pode nos levar a uma compreensão  sobre nó...