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Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Aqueles mais próximos sabem que eu adoro o Batman. Resolvi ver novamente a última obra do Nolan em sua trilogia. Devo confessar que algumas coisas passaram despercebidas em meu primeiro contato. E o que mais achei interessante é que termino gostando mais ainda de tudo que vi. A Anne Hathaway é simplesmente fantástica como a Selina Kyle e sua mulher gato. O roteiro é previsível, principalmente para aqueles que conhecem os quadrinhos. Mas a presença do Bale e a leve citação ao Crane (O espantalho) me fizeram tirar o chapéu para o Christopher Nolan. Durante um tempo fiz aquele discurso de fã ferido: O Nolan errou a mão. Mas agora revisitando a obra soube que naquele momento estava arrasado pela fantástica capacidade do cineasta em fechar um ciclo do jeito que fez. Mais uma vez refleti muito sobre minha vida, e sinto que está próximo o dia de tomar um café em Florença, Itália com a pessoa que escolhi viver o resto da minha vida. Obrigado a todos que leem o meu blog, tenho p...

Garota Dinamarquesa

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Hoje vi um filme clássico, agora entendo a animação de Eddie Redmayne no Oscar, mesmo ele não ganhando eu acho que ele sempre soube que o trabalho que realizou foi único e despertou, talvez um novo formato de viver personagens. Com sua atuação muito lembrei de Orlando, obra de Virginia Woolf. A fotografia delicada, a mudança dos quadros, coloração e outros elementos que acompanham as mudanças de Einar para Lili. A profundidade psicológica e o roteiro me deixaram extasiado. Um filme ambientado no final do século 18 e início do século 19, nos mostra que por vezes aquilo que somos extravasa e nos mostra que é possível vivê-lo! O conflito psicológico vivido por Elbe tem um caráter muito semelhante ao que vivemos quando estamos cercados de comportamentos socialmente aceitos que negam nossa verdadeira essência. Aqui não falo somente em mudança de sexo, mas adiciono também família, profissão e outros elementos que influenciam diretamente quem somos e como nos mutilamos diariamente. ...

O nada em conexão com coisa nenhuma

Acabo de ver Steve Jobs... aquele que está concorrendo ao Oscar. Senti vontade de dividir algumas reflexões aqui nesse empoeirado blog. As vezes o rio segue um curso que desagrada a sua nascente, ele fica largo, rápido e inquieto... Mas sempre há uma queda d'água que o faz voltar a calmaria... sempre há associação para lembrar-lhe o quão incapaz ele, sempre há vivas coisas no meio do caminho para que ele as alimente! Esperei mais revelações no filme, confesso que achei algumas cenas mau montadas e um roteiro focado na relação com sua filha. Essa coisa de humanizar o monstro desumano dos gênios da humanidade não faz muito meu estilo. Adorei quando falaram do Alan Turing, não achei que fossem tão ousados. Resumidamente o filme me trouxe de volta pra algumas importantes raízes! Passo mais para agradecer do que para escrever uma crítica... E mais: Lembro do Milton Erickson: Encontre seu jeito. Não adianta usar jeans e camiseta preta... alguém já fez isso. Encontre seu jeito, únic...

Filme 8/53 - A Teoria do Tudo

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Muito mais do que um filme. Ajudou-me a dar mais um passo, me fazendo tornar-me aquilo que sou, ou que tenho potencial para ser. Poucos filmes me tiram do racional crítico, esse me fez me perder em algum ponto, parece que o tempo me fez pensar sobre o tempo e quanto tempo desperdiçado existe. Parece que me trouxe uma reflexão profunda, um olhar diferente, do diferente que já sou. Honestamente ainda estou meio tonto com tudo, falar do filme é um desafio nesse momento. O ator esteve brilhante - Eddie Redmayne merece o Oscar deste ano, ele conseguiu captar as expressões mais simples e a grandiosidade da fala de cada uma. Talvez o James Marsh não leve a estatueta, mas sinceramente, pra que levar? Ele já conseguiu colocar na tela o que muitos se quer pensariam que existisse. Brilhante! Emocionante, envolvente, amável, elegante. A fotografia e a trilha sonora me encantaram! Todos perceberam os momentos de forte transição quando o diretor de fotografia optava pela câmera de ...

Filme 7/53 - Boyhood

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É como estar suspenso! Sei que há uma corda, a me segurar, sei onde colocar o meu pé, minhas mãos, sei exatamente o que fazer, como fazer, onde fazer, só não o quero feito. Parece que é estar suspenso, de braços abertos, esperando o momento, seja ele qual for, nem especial nem insignificante. É apenas o momento, nem certo nem errado, é só O momento. As vezes até me demoro no piso do desfiladeiro, subo um pouco, removo os equipamentos e fico mentindo para mim mesmo, dizendo que subindo em círculos, em rampas menores eu vou conseguir atingir o topo. Assim não vale, assim não traz a experiência profunda, assim é o assim que todos esperam que sejam, devagar e constante, divagar em formas obtusas me faz mudar. Quando percebo me atiro, me suspendo, me entrego ao limite e sumo, subo, cresço, avolumo. Parece ser irritável mentir para si mesmo, parece ser vulnerável não descobrir-se e descobrindo-se percebemos a fragilidade de ser. E é nesse subir e ficar que me acho no caminho, agite...

Filme 6/53 - Ninfomaníaca Vol 2

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Fico me perguntado qual o motivo de continuações não darem muito certo aos meus olhos. Comecei a ver o segundo volume da obra de Lars Von Trier com energia total, adorei a primeira parte. Durante o filme fui esfriando e percebendo o filme previsível que ia se tornando. Poucas palavras pra equipe, acho que os atores poderiam ter buscado uma profundidade maior, não sei se cansaram dos papéis. Só sei que chegou uma hora que achei o filme super enfadonho. E tinha coisa que exploraram que poderiam ter sido menos explorada, em minha opinião, óbvio!! Willem Dafoe muito bom, mas com uma singela participação... A fotografia continuou salvando o filme, gostei muito de algumas cenas bem específicas. O roteiro me fugiu a continuidade, acho que realmente não foram as melhores escolhas para colocar na telona... sabe aquela dúvida? Temos X minutos para produzir o filme? Como preencher com o roteiro original, mas de forma que o público se sinta atraído pela obra... Acho que o filme poder...

Filme 5/53 - O Jogo da Imitação

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Fantástico! O roteiro muito bem montado, acompanhar as descobertas de Alan Turing em plena Segunda Guerra me prendeu na tela de uma forma escandalosamente animadora. Não conhecia o trabalho do Morten Tyldum, e não arrisco que ele mereça o Oscar por esse trabalho, mas certamente ele merece fortes palmas pelo trabalho. Mesclar momentos da vida de Turing deu um ar sombrio e ao mesmo tempo fomos presenteados com a ideia de montar cada peça do quebra-cabeça que recebemos. Já o Benedict Cumberbatch já me fascinava em Sherlock Holmes, e esse eu arrisco que leva o Oscar de melhor ator, não assisti todos os filmes indicados, mas certamente a atuação de Benedict foi louvável, tendo como desafio o misterioso Turing. Keira Knightley merece o Oscar de coadjuvante? Caso não tenhamos uma novidade explosiva em outro filme... O duro é que ela está concorrendo com a majestosa Maryl Streep... Vamos ver o que vai dar. SUPERINDICO esse filme, principalmente se você gosta de história associada...