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Interestelar - Reflexões de uma vida, não apenas de um filme

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Por vezes, aprendemos com coisas simples do dia-a-dia. Na verdade, acredito que nossos maiores ganhos como seres humanos reside nas pequenas coisas que nem sempre estamos atentos. É importante empenharmos esforços tremendos para voltarmos ao mesmo ponto. Como se nossa jornada fosse útil para nos tornamos nós mesmos. Talvez a estrada mais árdua que somos convidados a percorrer é aquela em que ao final nos tornaremos aquilo que somos. Comparo essa sensação àquela que guardamos na academia, quando estudamos excessivamente para elaborarmos textos que sejam compreendidos por qualquer pessoa, inclusive leigos no assunto, e que esse texto seja rico de informações nos setores que nos propomos a desenvolver. Sinto que perceber isso aos 28 anos é algo extremante útil. O peso dos dias avançam e inevitavelmente entramos no funcionamento do espaço e do tempo que estamos incluídos, mas se bem soubéssemos temos em nossa mente uma matriz geradora de alteração nessa relação, e es...

As correntes que guardamos do nosso passado

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Ouvir pessoas e observa-las é um exercício profundo de auto-conhecimento.  Perceber a natureza humana nós faz conhecer muito sobre nós mesmos. Tenho percebido algo que já é preconizado pela psicanálise, muitas vezes direcionamos nossa energia psíquica para objetos diferentes, mas que simbolicamente representam o mesmo ponto em nossa mente. Isso gera uma corrente cheia de elos , e cada experiência que guardamos, aumentamos um elo.  A beleza desse processo é que quanto mais incluirmos elos nessa corrente mais longe poderemos chegar , tendo consequentemente a liberdade, já que posso acumular infinitas experiências durante a minha vida. Eis o perigo de ter uma vida rotineira e sem mudanças . Você não coleciona elos , logo fica preso acreditando estar liberto , eu particularmente tenho preferido imaginar que estou preso , mas caminhando para a liberdade . Cada elo desta corrente é criado por tudo que lembramos: pessoas que ferimos e que nos feriu, problema...

A auto-sabotagem pode ser vista por outro olhar?

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E então tem uma idade que você acredita que tudo é possível, e de forma impressionante tudo o é. Alguns gênios tem a habilidade de manter seus sonhos assim, como crianças... Perseguem seus sonhos como se tudo fosse possível, e ali está! Eles se tornam reais. Eles acontecem! Por muitos anos fiquei buscando modelos de como poderia fazer melhor as coisas, que palavras usar, quais técnicas, que profissional devo ser... Mas hoje qualquer coisa,  a mais simples que você imagine, me impulsiona a ser cada vez mais o que sou. Tenho descoberto que todos somos geniais e preparados para fazer coisas brilhantes. O grande problema é que nos esquecemos disso é caímos na vida adulta, na vida real... E tudo fica chato, cheio de prazos, de valores, de características altamente dispensáveis para qualquer inteligência humana.  Percebi que se quero fazer um novo projeto, basta me conhecer mais um pouco e notar quais elementos em mim, me levam para a realização daquilo. Casamento, amig...

Por que o Batman existe?

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Aqueles que me conhecem sabem que eu tenho um apreço pelo personagem que figura no título do nosso texto. Por vezes me pego questionando a mim mesmo sobre inúmeros elementos que passam pela minha mente diariamente; um desses dias me encontrei com o Batman. Pensei: o que faz o Batman existir? A resposta veio logo a mente: A sede de justiça e o ímpeto de salvar Gotham da criminalidade. Apesar da resposta ser nobre, tenho aprendido que a primeira ideia que nos vem a mente pode ser a mais correta, como pode ser também a que mais nos encanta para nos tirar do verdadeiro foco... mecanismos de defesa as vezes no empurram para outro lado completamente diferente quando nos apegamos à uma justificativa qualquer. Então aprofundei o pensamento: O que há além da nobre causa de salvar a todos? E a resposta saltou aos meus olhos: Salvar a si mesmo! O Batman existe para o Bruce suportar viver . Dói ser Bruce, por isso é importante ser Batman, e consequentemente o Bat...

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge

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Aqueles mais próximos sabem que eu adoro o Batman. Resolvi ver novamente a última obra do Nolan em sua trilogia. Devo confessar que algumas coisas passaram despercebidas em meu primeiro contato. E o que mais achei interessante é que termino gostando mais ainda de tudo que vi. A Anne Hathaway é simplesmente fantástica como a Selina Kyle e sua mulher gato. O roteiro é previsível, principalmente para aqueles que conhecem os quadrinhos. Mas a presença do Bale e a leve citação ao Crane (O espantalho) me fizeram tirar o chapéu para o Christopher Nolan. Durante um tempo fiz aquele discurso de fã ferido: O Nolan errou a mão. Mas agora revisitando a obra soube que naquele momento estava arrasado pela fantástica capacidade do cineasta em fechar um ciclo do jeito que fez. Mais uma vez refleti muito sobre minha vida, e sinto que está próximo o dia de tomar um café em Florença, Itália com a pessoa que escolhi viver o resto da minha vida. Obrigado a todos que leem o meu blog, tenho p...

Garota Dinamarquesa

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Hoje vi um filme clássico, agora entendo a animação de Eddie Redmayne no Oscar, mesmo ele não ganhando eu acho que ele sempre soube que o trabalho que realizou foi único e despertou, talvez um novo formato de viver personagens. Com sua atuação muito lembrei de Orlando, obra de Virginia Woolf. A fotografia delicada, a mudança dos quadros, coloração e outros elementos que acompanham as mudanças de Einar para Lili. A profundidade psicológica e o roteiro me deixaram extasiado. Um filme ambientado no final do século 18 e início do século 19, nos mostra que por vezes aquilo que somos extravasa e nos mostra que é possível vivê-lo! O conflito psicológico vivido por Elbe tem um caráter muito semelhante ao que vivemos quando estamos cercados de comportamentos socialmente aceitos que negam nossa verdadeira essência. Aqui não falo somente em mudança de sexo, mas adiciono também família, profissão e outros elementos que influenciam diretamente quem somos e como nos mutilamos diariamente. ...

O nada em conexão com coisa nenhuma

Acabo de ver Steve Jobs... aquele que está concorrendo ao Oscar. Senti vontade de dividir algumas reflexões aqui nesse empoeirado blog. As vezes o rio segue um curso que desagrada a sua nascente, ele fica largo, rápido e inquieto... Mas sempre há uma queda d'água que o faz voltar a calmaria... sempre há associação para lembrar-lhe o quão incapaz ele, sempre há vivas coisas no meio do caminho para que ele as alimente! Esperei mais revelações no filme, confesso que achei algumas cenas mau montadas e um roteiro focado na relação com sua filha. Essa coisa de humanizar o monstro desumano dos gênios da humanidade não faz muito meu estilo. Adorei quando falaram do Alan Turing, não achei que fossem tão ousados. Resumidamente o filme me trouxe de volta pra algumas importantes raízes! Passo mais para agradecer do que para escrever uma crítica... E mais: Lembro do Milton Erickson: Encontre seu jeito. Não adianta usar jeans e camiseta preta... alguém já fez isso. Encontre seu jeito, únic...