Eu sou 2018
Não sei você, mas meu 2018 começou meio down, assim como na canção "Alô, alô, marciano". A despeito de sermos o maior milagre do universo, às vezes sentimos aquele "banzo".
Eu estava mofino, mesmo. Meio que sem querer, sem prestar atenção, veio aquela sensação coisada como se eu tivesse me lembrado de uma coisa ruim há dez segundos, e agora não sei mais o que era.
Quando eu parei para olhar, para me olhar, ver o que estava acontecendo aqui no meu peito - ou na mente - reparei: são esses tempos TEMERosos, de mentalidades limitadas, de gasolina que sobe, energia que sobe, inflação que não existe, mas que mesmo assim os preços sobem; salário ínfimo, segurança nenhuma, saúde - necas -, poluição, violência, acidentes, descaso, retrocesso, babaquice, preconceito, excesso de desinformação pela internet, picuinhas mesquinhas de redes sociais, guerras pelo mundo, atentados... PARA! PARA AÍ!
Esse é o comando: "Para", imperativo do verbo parar. Antes tinha acento, agora, pela regra nova da ortografia, não tem. Para. Para aí.
Para quem estuda Programação Neurolinguística, é primordial, imprescindível, inescapável PARAR O PENSAMENTO LIMITADOR. Também chamado "sair de um estado mental negativo". Significa frear o movimento de mergulho em espiral - causado pela cadeia de pensamentos limitantes - antes de se estabacar no amargo fim do poço da depressão. Ou, simplesmente: quebrar o estado negativo.
Exemplo prático: acordar pela manhã, feliz da vida e, involuntariamente, dar uma topada com o dedinho na quina da cama com toda a força. Aí, entrar no banheiro para tomar um banho ainda chamando uns belos palavrões, perceber o banheiro sujo, a torneira da pia vazando, e quando abrir o chuveiro: tá faltando água!
Seguinte: teu dia tá acabado.
Depois disso vem pão esturricado, manteiga vencida, ou a goma da tapioca acabou. O leite estragou. A conta de energia, pendurada na porta da geladeira, vem "matando". Contas, contas e mais contas. Cartão de crédito estourado. Não acha a caneta, ou o caderno, ou o celular ou a bolsa/mochila. Sai para estudar/trabalhar atrasado. Pneu furado ou carro não pega, e pega engarrafamento. Gasolina subiu. Rua esburacada. Tem uma véia lerda se arrastando na tua frente, numa perua Variant do tempo do bumba. E o povo em Brasília, hein? Só rouba. E você, na luta. Aí chove e você se molha todo. Ou tá quente demais, chega todo suado. Aí teu sócio te passa a perna ou o chefe te dá uma dura... PARA. PARA AÍ.
É uma reação em cadeia. Para evitar o macambuzismo de início, meio ou fim de ano, é necessário estar atento e conhecer técnicas eficientes. Para a manutenção de sua saúde mental, e porque não dizer, física e espiritual, recomendo que se arme com todos os recursos disponíveis - pois é realmente uma batalha - para se manter em equilíbrio ou retornar mais rapidamente ao estado de harmonia interna. Difícil não é. Mas tem seus desafios, como tudo o que é bom na vida.
Mas, pra que se manter em harmonia? Para vencer o dragão da depressão. O ogro do derrotismo e do marasmo, o lobo da falta de propósito. E a solidão, essa pantera...
Cá pra nós, eu prefiro me dedicar a conhecer os meandros de meus sentimentos, a entender minhas inspirações e perdoar as decepções. Cada minuto de dedicação a me conhecer melhor me faz um homem mais sábio e preparado, mais distante de perder as estribeiras, fazer tempestade em copo d'água ou falar besteiras. Não é perfeição, mas consciência. Buscar ser melhor, mais preparado para enfrentar e vencer as vicissitudes da vida e os desafios inerentes à existência.
Faço isso porque eu sou legal? Porque sou Perfeito? Um espírito de luz? Representante da nova era? Não necessariamente, rsrsrsrs. Porque dá menos trabalho e enche bem menos a paciência. Por quê? Porque a verdade liberta e o conhecimento te aproxima da verdade. Qual verdade? Não sei, ainda tô procurando, mas essa busca não me traz ansiedade. O fato de não saber tudo, de não ser perfeito, não me deixa diminuído, porque eu não acredito que possa ser diminuído. Eu não acredito em ser humilhado. Eu não acredito em confrontos, desentendimentos, bate-boca. Por quê? Porque tento ser, sempre que possível, dentro das minhas forças e limitações, "O Mestre do meu Destino e o Capitão da minha Alma". Bonito isso, né?
Anthony Robbins, o lead trainer americano, ensina isso. Como ser mais do que você é. E para quê? Para seu próprio deleite, para alcançar o sucesso, para cumprir sua missão nesta terra.
Bert Hellinger, terapeuta alemão, menciona em seu trabalho a importância da dedicação diária às pequenas atividades mundanas. Mas o que djallow isso quer dizer, pelamordeDeus?
Para mim, significa não me considerar confrontado pelos reveses do dia, não encarar uma topada como condenação, ou me julgar burro porque cometi um erro, ou vários erros. Significa não ter de analisar a cada minuto se estou fazendo as coisas certas, do jeito que a sociedade/família/religião ensina, mas , sim, sendo eu mesmo, do jeitinho que o Criador me fez e me disse: "Vai lá e me faz orgulhoso".
Resumindo: sempre há uma saída. E melhor do que se reclamar da vida, do governo, da sorte, dos preços, do custo de vida, da inflação, do desemprego e do desengano, é se superar. É vencer a si mesmo. "Só é lutador quem sabe lutar consigo mesmo", escreveu Drummond. O verdadeiro lutador é aquele que se supera a cada dia, o que é, em si, uma vitória.
Quando a situação estiver crítica, ou a tristeza, muita: pare, respire fundo e pense. Busque alternativas, conheça as ferramentas, supere-se.
E seja um excelente 2018, 2019, 2020, etc, etc, etc.
"Não encontramos a sabedoria só porque a procuramos; ela desabrocha como resultado de muitas ações. De repente, aí está. Com toda a facilidade e sem esforço" - Bert Hellinger, Constelações Familiares - O Reconhecimento das Ordens do Amor.
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